O Hilary, originalmente classificado como um furacão de categoria 4, a segunda mais forte, foi, entretanto, revisto para a categoria 2.
"Isso não diminui a ameaça, especialmente a ameaça de inundação", disse o vice-diretor do Centro Nacional de Furacões dos EUA, Jamie Rhome.
Os meteorologistas alertaram que o Hilary poderia despejar no sul da Califórnia e no sul do estado vizinho de Nevada até 250 milímetros de chuva, o equivalente a um ano de chuva para algumas áreas.
A tempestade, com rajadas de vento de até 155 quilômetros por hora, pode também provocar ondas de até 12 metros de altura ao longo da costa do Pacífico.
Este deve ser o primeiro furacão a atingir o sul da Califórnia em 84 anos, com as autoridades alertando para a possibilidade de inundações repentinas, deslizamentos de terra, tornados isolados, ventos fortes e cortes no fornecimento de energia.
A Marinha dos EUA enviou cerca de 10 navios de guerra para garantir a segurança dos navios obrigados a permanecer no porto de San Diego. É a primeira vez que a marinha norte-americana realiza uma operação deste tipo em San Diego.
O governador da Califórnia, Gavin Newsom, declarou o estado de emergência e as autoridades pediram às pessoas que se preparassem para a chegada do Hilary até o pôr do sol de sábado, previsto para as 19:30.
As autoridades emitiram um alerta de evacuação para a ilha de Santa Catalina, a 37 quilômetros da costa sul da Califórnia, um conhecido destino turístico.
Na cidade de Tijuana, no norte do México, o chefe do corpo de bombeiros, Rafael Carrillo, pediu aos moradores em encostas íngremes que abandonem as casas "se ouvirem barulhos ou [virem] fendas no solo", porque podem desabar.
A cidade de 1,9 milhões de pessoas, que faz fronteira com os EUA, ordenou no sábado o encerramento de todas as praias e montou vários abrigos contra tempestades em complexos desportivos e edifícios do governo.
A marinha do México evacuou 850 pessoas das ilhas da costa de Baja California e destacou quase três mil soldados para operações de emergência.